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Lgbtfobia na tradição religiosa Iorubá do Ifá: especulações e práticas da heteronormatividade
Author(s) -
Miguel Melo Ifadireó
Publication year - 2017
Publication title -
odeere
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-4715
DOI - 10.22481/odeere.v3i3.1575
Subject(s) - humanities , queer , art , philosophy , sociology , gender studies
Este artigo está inserido na área de concentração de educação intercultural, etnofilosofia e estudos de gênero, com ênfase nas pressuposições teóricas pós-identitárias advindas com os estudos queer. Assim, o presente artigo tem como objetivo geral promover um estudo histórico-descritivo sobre a efabulação e o enclausuramento do espírito “queer” na comunidade religiosa yorùbá em territorialidades nigerianas, bem como, se propõem a revistar as representações sociais dos modelos heteronormativos de depredação, de submissão e de abjeção de indivíduos de orientação sexual ou de identidade sexual não heterossexual nas práticas e iniciações religiosas de sacerdócio do Ifá no Brasil. A análise que se segue busca demonstrar, através de fragmentos históricos, como se deu a construção do moralismo e da discriminação LGBTfóbica pelo cristianismo e pelo islão nas comunidades étnicas de matriz ancestral yorùbá em tempos de colonização e pós-colonização na Nigéria. Além da revisão de literatura, trabalhamos com o método de abordagem de pesquisa qualitativa sobre o DAFA - análise de documentos e análise de discursos, complementando estes com alguns nuances da pesquisa etnográfica de natureza virtual. A cultura e a matriz ancestral africana yorùbá é algo muito distante, apesar de estar, ao mesmo tempo, tão próxima, dentro da cultura religiosa afrodescendente brasileira. Muito se tem sido debatido, ressignificado, reconstruído e analisado dentro do Brasil sobre a realidade e a história da cultura africana e afrodescendente. Todavia, este artigo demonstra a possibilidade de reinventarmos o que ainda não foi pensado, de quebrarmos as nossas próprias barreiras e de nos aproximarmos, nós afrodescendentes, de nossas origens, de nossa cultura griot, de nossas pretagogias, de nossos Arché, de nosso Àşé, ou seja, de toda uma cosmovisão que nos separam do espírito da pureza, e respectivamente, que nos distanciam de Eèlà.

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