
O ESPAÇO DA CIDADE E AS RELAÇÕES HOMOLÓGICAS ENTRE "RECÔNDITO" E "CHUVA, VAPOR E VELOCIDADE – O GRANDE CAMINHO DE FERRO DO OESTE"
Author(s) -
Mairylande Nascimento Cavalcante,
Cristiane Navarrete Tolomei
Publication year - 2022
Publication title -
fólio
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-4182
pISSN - 1808-3099
DOI - 10.22481/folio.v13i2.9922
Subject(s) - humanities , art
RESUMO: O presente artigo propõe realizar uma análise crítica do universo ficcional da obra Recôndito (2016), da autora maranhense Inês Pereira Maciel, em confluência com a obra de William Turner Chuva, Vapor e Velocidade- O Grande Caminho de Ferro do Oeste (1844). Nesse sentindo, tal estudo vislumbra compreender como a imagem da cidade é concebida, na percepção do eu poético e do pintor, como práticas conciliáveis de construções imagéticas na arte, seja ela poética e/ou visual. Este estudo se envereda pelos caminhos da Literatura Comparada, a qual nos possibilitará confrontar os elementos dispostos nas duas produções artísticas. Para tanto, foram delineados os seguintes objetivos: compreender como a fenomenologia da imagem é suscitada pela experiência do sujeito com o espaço, resultando a elaboração e reelaboração de múltiplos “eus”. Além disso, analisaremos as relações homológicas entre a poesia inesiana e a pintura de J. M. William Turner, sem subjugar a imagem tecida pelas palavras, nem tão pouco a que se derrama sobre a tela. Este trabalho é de cunho bibliográfico tendo como principais teóricos Tânia Carvalhal (2006), Sandra Nitrini (2010), Alfredo Bosi (1977), Foucault (2009), Lilian Hack (2020), Claus Clüver (2006), Gonçalves (1997), Halbwachs (2003), Joel Candau (2012), Le Goff (1996), Stuart Hall (2015), Tomaz Tadeu da Silva (2000), Santos (2013), Yi – Fu Tuan (1983;2012), Gaston Bachelard (2003) e Merleau-Ponty (1999). Ademais, salientamos que as imagens na escrita poética são o arcabouço da antecedencia imagética do pensamento, enquanto a pintura é a poesia derramada sobre a tela.