
Não há mais grave, mais perigosa, e mais temível
Author(s) -
Serioja Rodrigues Cordeiro Mariano
Publication year - 2020
Publication title -
saeculum
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6725
pISSN - 0104-8929
DOI - 10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.53080
Subject(s) - political science , medicine , demography , humanities , philosophy , sociology
O artigo tem por objetivo mostrar, a partir da História da Saúde e das Doenças, como a sífilis foi retratada na província da Parahyba, entre os anos de 1860 e 1880, observando a atuação dos poderes públicos para combatê-la e os métodos utilizados na prevenção e terapêutica da doença. Através da documentação consultada, a exemplo dos Relatórios da Inspetoria de Saúde e dos jornais que circulavam na época, percebe-se como a sífilis foi representada na Província. No discurso dos médicos, a sífilis era considerada como um mal perigoso que deveria ser combatido a todo custo, pois era vista como a grande ameaça ao futuro da sociedade. Portanto, no discurso, o mal deveria ser combatido nos seus espaços, prostíbulos, cadeias, entre outros, pois como a sífilis é uma doença infecciosa, fazia-se necessário um maior controle desses espaços considerados insalubres. A meta era se criar uma sociedade sadia, ou seja, civilizada, segundo os preceitos higienistas.