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[ID 55717] COSTUREIRAS NO TERRITÓRIO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: TRABALHO EM DOMICÍLIO E VULNERABILIDADES
Author(s) -
Taiane Araújo dos Prazeres Ornelas,
Mônica Angelim Gomes de Lima,
Elizabeth Costa Dias,
Robson da Fonseca Neves
Publication year - 2021
Publication title -
revista brasileira de ciências da saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6032
pISSN - 1415-2177
DOI - 10.22478/ufpb.2317-6032.2021v25n1.55717
Subject(s) - sociology , humanities , philosophy
Objetivo: O estudo trata da configuração do trabalho domiciliar de costureiras, suas trajetórias de vida e de trabalho e implicações para o cuidado à saúde no território de uma unidade de saúde da família (USF). Metodologia: Optou-se por um delineamento de estudo exploratório, com abordagem socioantropológica, que examinou: a) a trajetória das mulheres para se tornarem costureiras; b) as condições de trabalho em casa e suas repercussões no contexto familiar; c) a visibilidade desses usuários-trabalhadores para os profissionais de saúde e suas demandas nas interações com a USF. O diário de campo registrou os elementos que marcaram a presença do trabalho das costureiras no domicílio, por meio da observação sistemática e direta do trabalho domiciliar e de uma entrevista em profundidade que permitiu a reconstrução dialógica do trabalho de costura em casa. Resultados: As mulheres negras, com baixa escolaridade e qualificação profissional foram predominantes no estudo. As costureiras possuíam casa própria e mantinham o sustento de filhos e netos com diferentes funções de produção e reprodução social. As trajetórias de trabalho reafirmam a negação dos direitos trabalhistas e previdenciários e a piora da saúde e da qualidade de vida ao longo do tempo. As interações com a USF se dão para o atendimento aos familiares e exame preventivo. O tempo de espera impulsiona os usuários-trabalhadores em condições agudas para os serviços privados. Conclusão: O trabalho domiciliar expôs as vulnerabilidades das costureiras, seja pela desproteção social, pela invisibilidade da condição de trabalhadoras e pelo trabalho domiciliar no território de abrangência de uma USF em área urbana.

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