
[ID 53135] PERCEPÇÃO DE USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO SOBRE O PLANO DE PARTO
Author(s) -
Ana Rebeca Paulino Portela,
Viviane Rolim de Holanda,
Geyslane Pereira Melo de Albuquerque
Publication year - 2020
Publication title -
revista brasileira de ciências da saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6032
pISSN - 1415-2177
DOI - 10.22478/ufpb.2317-6032.2020v24n4.53135
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Objetivo: Conhecer a percepção de usuárias do Sistema Único de Saúde brasileiro sobre o plano de parto. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e descritivo. Foram entrevistadas puérperas, que realizaram o pré-natal e o parto no serviço público de saúde, na Cidade de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil. Utilizou-se o critério de saturação teórica para dimensionar a amostra e verificar, objetivamente, o esgotamento do conteúdo para análise. Os resultados obtidos nas entrevistas foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo temática proposta por Bardin. Resultados: Emergiram três categorias de análise: percepção sobre o plano de parto; o impacto do plano de parto na maternidade; vivências do parto. O incentivo à construção do plano de parto ainda é deficiente nas consultas individuais de pré-natal, no entanto, nos espaços coletivos de rodas de gestantes, diante da atuação multiprofissional, a sua divulgação vem se fortalecendo. Quanto à assistência hospitalar, foi possível perceber, nas falas das mulheres, a resistência dos profissionais em legitimar o plano de parto. Conclusões: Percebeu-se, nas falas das usuárias, o plano de parto como instrumento essencial para a construção de suas experiências na gestação e no momento do parto. As vivências relativas ao parto foram percebidas como satisfatórias, mesmo o plano de parto não sendo reconhecido pela equipe de profissionais, como um instrumento legal e de direito da gestante. Por outro lado, identificou-se, a partir dos discursos relativos ao momento do parto, a prática de intervenções não baseadas nas evidências científicas.