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INVESTIMENTOS CHINESES, REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO AGRÁRIO DO BIOMA DE CERRADOS DO CENTRO-NORTE DO BRASIL (MATOPIBA)
Author(s) -
Paloma Cristina Costa Guitarrara Furtado,
Vicente Eudes Lemos Alves
Publication year - 2020
Publication title -
okara
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1982-3878
DOI - 10.22478/ufpb.1982-3878.2020v14n2.54264
Subject(s) - political science , china , agricultural science , business , environmental science , law
Pretende-se, neste artigo, estudar as formas pelas quais a China vem se inserindo na região de cerrados do Centro-Norte do país (Matopiba) a partir de investimentos em distintos setores econômicos, destacadamente no comércio de commodities agrícolas de grãos (soja e algodão), infraestrutura de transportes rodoviários, ferroviários e portuários e aquisição de terras. Com a conjuntura global e dos anseios mais recentes dos chineses para o atendimento de sua demanda interna por produtos de origem primária, com vistas a garantir a sua segurança alimentar e o seu padrão de desenvolvimento industrial é sabido que as commodities agrícolas e minerais são os principais produtos escoados do Brasil para o país asiático. A discussão que se propõe no trabalho, nesse sentido, diz respeito ao entendimento sobre a dimensão do comércio de commodities agrícolas nos cerrados centro-norte do Brasil com a China, bem como dos investimentos diretos em infraestrutura e de aquisição de terras por agentes econômicos chineses realizados na região. Busca-se verificar de que maneira o capital de origem no país asiático que ingressa na fronteira agrícola brasileira e, em particular, na região em análise, possui o poder de transformação do ordenamento socioespacial promovendo novas dinâmicas no contexto regional. Os impactos que o ingresso do capital chinês vem produzindo efeitos negativos sobre os espaços de uso pelas populações tradicionais locais. Além disso, esse movimento econômico em larga escala projeta-se produzir transformações ainda mais intensas no sistema produtivo agropecuário e mineral, no uso da terra, no sistema logístico de transporte, mas também nos modos de vida das populações regionais, com a possiblidade de agravamento dos conflitos socioambientais na escala regional.

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