
Pegadas hídrica e de carbono de produtos agrícolas: estudo da água de coco in natura
Author(s) -
Anne Karolyne Pereira da Silva,
Ana Paula Coelho Sampaio,
Viviane da Silva Barros,
Francisco Suetônio Bastos Mota,
Marta Celina Linhares Sales,
M. de L. C. Figueiredo
Publication year - 2020
Publication title -
gaia scientia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1268
DOI - 10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n2.46339
Subject(s) - coco , humanities , environmental science , art , computer science , artificial intelligence
Este trabalho avalia as pegadas de carbono e hídrica da água de coco, um importante produto da região Nordeste. Foram coletados dados em fazendas do Ceará, localizadas nos municípios de Trairi, Paraipaba, Acaraú e Camocim, além de analisado sistema de produção publicado na literatura para coqueiro anão verde. As pegadas são calculadas com base nas normas ISO 14046/67, considerando a produção de 1L de água de coco. A pegada de carbono é avaliada pela categoria mudanças climáticas (IPCC), enquanto o perfil de pegada hídrica abrange as seguintes categorias e métodos de avaliação: escassez hídrica (AWARE), toxicidade humana, câncer, não-câncer e ecotoxicidade (USETox), eutrofização marinha e de águas doces (ReCiPe). Os resultados mostram que a água de coco produzida em Acaraú apresenta menor pegada de carbono e hídrica em relação à produzida na fazenda de referência. Já a água de coco de Trairi obteve a pior pegada de carbono, enquanto Camocim, a pior pegada hídrica. A maior redução da pegada de carbono ocorre quando o pomar de coco é instalado em área desmatada e/ou cultivada com cultura temporária, há mais de 20 anos. No caso da pegada hídrica, as maiores reduções de pegada ocorrem com menor uso de fertilizante nitrogenado e água na irrigação.