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Zoneamento agroecossistêmico e social: Uma comprenssão sistêmica sobre a comunidade Apiques, assentamento Maceió, Itapipoca-CE
Author(s) -
Diana Mendes Cajado,
Fábio Maia Sobral,
Antônio Jeovah de Andrade Meireles
Publication year - 2017
Publication title -
gaia scientia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1268
DOI - 10.22478/ufpb.1981-1268.2017v11n1.37841
Subject(s) - humanities , philosophy , sociology
Os modos de vida das comunidades tradicionais guardam uma complexa relação com a natureza. Contudo, para alcançar tal nível de compreensão é necessário utilizar a abordagem sistêmica, a qual apresenta-se como um olhar interdisciplinar, ancorado no entendimento das relações de causa e efeito entre as dimensões constitutivas de uma determinada realidade. Atendendo aos princípios da abordagem sistêmica, o zoneamento caracteriza-se como uma ferramenta que permite compreender como os espaços são e estão organizados a partir da delimitação de alguns critérios norteadores. Assim, o artigo ora apresentado traz como principal objetivo compreender como as atividades produtivas e formas de sociabilidade configuram a organização do espaço na comunidade Apiques, localizada no Assentamento Maceió, município de Itapipoca-CE, através do Zoneamento Agroecossistêmico e Social, para tanto, intenciona-as identificar quais são as práticas produtivas e de interações sociais ocorridas na comunidade, assim como refletir sobre os processos que amalgamam o modo de vida dos sujeitos com a natureza. Os dados apresentados são recorte de uma pesquisa de mestrado que utilizou com principal metodologia a Análise Diagnóstico de Sistemas Agrário (ADSA) que para efeito deste artigo, trouxe os resultados provenientes das etapas da ADSA Leitura de Paisagem e Caminhada Transversal. Como resultados foram identificados quatro zonas: Região de dunas, espaço de lazer e observação da paisagem local; Zona litorânea, espaço construído a partir da reciprocidade; Espaço de plantio de coqueiros e seus múltiplos significados e Zona de uso social, quintais produtivos e partilha de saberes. Deste modo, Zoneamento Agroecossistêmico e Social e as vozes anunciadas dos sujeitos, demonstram que o espaço rural se desenha e redesenha a partir da pluralidade destes, na perspectiva da construção de um território pluridentitário, que se reafirma e se justifica na relação com os recursos naturais e seus ciclos.