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Deposição de serapilheira em áreas de caatinga sob diferentes densidades de caprinos
Author(s) -
Rômulo Gil de Luna,
Alberício Pereira de Andrade,
Jacob Silva Souto,
João Gil de Luna
Publication year - 2017
Publication title -
gaia scientia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1268
DOI - 10.22478/ufpb.1981-1268.2017v11n1.30113
Subject(s) - zoology , physics , biology
Considerado um dos polos xéricos mais importantes do Nordeste brasileiro, o Cariri paraibano vem recebendo atenção especial devido a seu nível de degradação ambiental que o coloca entre os ambientes do semiárido em visível processo de desertificação. Objetivou-se neste trabalho avaliar a deposição de serapilheira em áreas de Caatinga sob diferentes densidades de caprinos, visando sua utilização como indicadora de ambientes degradados ou em processo de degradação. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental Bacia Escola (7º 24’ S; 36º 32’ W), em São João do Cariri-PB. A densidade de caprinos foi de 3 animais.ha-¹ e 1,5 animais.ha-¹, nos tratamentos I e II, respectivamente; e sem animais no tratamento III. Foram distribuídas, em cada área experimental, 30 coletores de serapilheira, 0,5 m x 0,5 m, ao longo de três linhas de faixas paralelas. Durante 23 meses, a coleta de serapilheira foi realizada mensalmente. Nas análises estatísticas, foram consideradas as medidas obtidas de um experimento com um fator (One-Way) em três níveis (T1, T2 e T3), em 2012 e 2013, com as medidas repetidas no tempo. Pelos resultados obtidos, as precipitações pluviais foram muito baixas e mal distribuídas durante os anos em que esta pesquisa foi realizada. Pelas análises estatísticas, não foram encontradas evidências suficientes para se avaliar os efeitos da densidade de caprinos (tratamentos) e do tempo (meses) sobre a deposição de serapilheira no ano de 2012, ou seja, o acúmulo de serapilheira em relação aos tratamentos teve comportamento semelhante de um mês para outro ou que o acúmulo de serapilheira em relação aos meses teve comportamento semelhante de um tratamento para outro. Em 2013, a deposição de serapilheira não diferiu significativamente (p < 0,05) entre os tratamentos durante os meses que historicamente marcam o auge do período chuvoso. Nos demais meses, a serapilheira depositada não seguiu um comportamento padrão entre os tratamentos, ou seja, variou a sua deposição ao longo do tempo. A deposição anual de serapilheira em 2012, nos tratamentos T2 e T3 e no ano de 2013, em todos os tratamentos, foi muito baixa, até mesmo para os padrões da Caatinga. Os baixos valores de serapilheira registrados nesta pesquisa, em comparação aos observados em áreas de Caatinga preservadas, em outros trabalhos, são bons indicadores ecológicos de distúrbios, podendo subsidiar planos de manejo florestal, bem como, de indicadores de áreas degradadas pelo pastejo permanente. As cargas de lotação imputadas nas áreas estudadas encontram-se acima da capacidade de suporte, podendo gerar focos de desertificação. Fica implícita a necessidade de mais conhecimentos da capacidade de suporte de outras Caatingas para que se possa melhor entender, explorar e preservar este complexo e tão pouco conhecido bioma.

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