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Padre Matria (Meu inimigo, o ícone)
Author(s) -
Luis Camnitzer
Publication year - 2019
Publication title -
revista gearte
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2596-3198
pISSN - 2357-9854
DOI - 10.22456/2357-9854.92909
Subject(s) - humanities , art
O artigo aborda, pela perspectiva dos estudos decoloniais, a transformação, pela arte, do ícone linguístico “madre patria” – que se refere à Espanha em relação aos países colonizados pelos espanhóis. Considerando que a linguagem sempre serve ao colonizador, o texto mostra que esse termo dissimula a situação política de submissão do colonizado, ao ressaltar um aspecto positivo, qual seja, um lugar acolhedor para onde sempre se pode retornar. Em “Padre Matria”, num jogo de palavras, o ícone “madre patria” é desconstruído, desnudando a metáfora original e eliminando a hipocrisia da benevolência do colonizador. O texto reflete sobre a transformação de um ícone em unidade cultural: o que faz um objeto ser arte? Afirma que o consumo acrítico de ícones e memes passivos é uma porta aberta aos processos de colonização. Ao contrário, como em “Padre Matria”, estratégias de sincretismo, mudanças de contextos, atribuição de novos significados às coisas e a interatividade com memes contemporâneos são alguns dos passos que fazem parte da história da resistência anticolonial. E isso deve estar no ensino da arte nas escolas.

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