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Anacronismo, corpo e memória nas imagens escatológicas de Francisco Toledo
Author(s) -
Vanessa Moraes
Publication year - 2017
Publication title -
revista gearte
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2596-3198
pISSN - 2357-9854
DOI - 10.22456/2357-9854.70894
Subject(s) - humanities , art , philosophy
A ideia de que os fluidos do nosso corpo devem provocar nojo e repugnância atravessa séculos e tem explicações históricas, das quais buscamos alguns pensadores (Georges Vigarello e Mikhail Bakhtin) para elucidar as razões que solidificaram um imaginário do corpo sujo. Nas artes visuais, o artista mexicano Francisco Toledo (1940) desconstrói a noção do excremento como um dejeto que deve causar repúdio nas pessoas. Sua obra pode ser lida num duplo contato com o corpo: quando ele usa a merda como tema (dejeto corporal) e quando pensamos em suas pinturas pelo viés antropológico, onde as imagens têm um significado simbólico e são, literalmente, formadas no corpo humano. A carga afetiva e emocional que envolvem a formação das imagens no homem contribui para que a imaginação seja única, intransponível e anacrônica.

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