
RELAÇÃO ENTRE ESTADO COGNITIVO E VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E FUNCIONAIS EM IDOSOS LONGEVOS: ESTUDO OBSERVACIONAL NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE/RS
Author(s) -
Tainara Steffens,
Talita Molinari,
Caroline Pietta Dias
Publication year - 2019
Publication title -
estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-2171
pISSN - 1517-2473
DOI - 10.22456/2316-2171.97675
Subject(s) - psychology , humanities , gerontology , medicine , philosophy
Introdução: com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos longevos vem aumentando. O envelhecimento é considerado um processo natural que afeta a maioria dos organismos vivos, e provoca perdas progressivas das funções. Dentre estas funções podemos destacar algumas alterações de ordem mental e neurológica, como também redução da capacidade funcional e autonomia nas atividades de vida diária. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a associação entre o estado cognitivo, variáveis sociodemográficas e o nível de dependência funcional em idosos longevos. Materiais e métodos: os idosos foram selecionados por acessibilidade em Estratégias Saúde da Família, Instituições de Longa Permanência e anúncios públicos. Foram realizadas entrevistas domiciliares e aplicados os seguintes instrumentos: 1) Avaliação sociodemográfica; 2) Mini Exame do Estado Mental; 3) Índice de Katz; e 4) Escala de Lawton e Brody. Resultados: foram avaliados 66 idosos com idade média de 94,89 ± 4,16 anos, na sua maioria do sexo feminino, residentes em domicílios, com escolaridade de 1 a 4 anos e aposentados. Para as avaliações, a maioria dos idosos foram classificados sem declínio cognitivo, apresentando independência nas atividades básicas da vida diária e independência parcial nas atividades Instrumentais da vida diária. O estado cognitivo apresentou uma correlação fraca e positiva com o local de moradia dos idosos (r = 0,314, p < 0,01) e correlação positiva e moderada com as atividades básicas (r = 0,450, p < 0,01) e instrumentais da vida diária (r = 0,433, p < 0,01). Conclusão: o estado cognitivo apresentou associação significativa com o local de moradia e com as atividades básicas e instrumentais da vida diária, sugerindo que morar no domicílio e possuir boa independência funcional associam-se a um menor declínio cognitivo.