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JUDEUS DE TODOS OS TEMPOS OU AS AURÉLIAS, DE MARGUERITE DURAS
Author(s) -
I. Bosi
Publication year - 2021
Publication title -
organon
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-8915
pISSN - 0102-6267
DOI - 10.22456/2238-8915.116642
Subject(s) - art , humanities , philosophy
Neste artigo, partimos de três textos homônimos de Marguerite Duras, intitulados Aurélia Steiner, de 1979, para refletir acerca dessa personagem múltipla que, para Duras, é como os judeus de todos os tempos. Aurélia pertence a lugares e tempos distintos, mas, em todos os textos, carrega uma memória fragmentada de um passado marcado pelo horror da Segunda Guerra. A partir de Gilles Deleuze, compreendemos essa escrita como um fragmento anônimo infinito em que Duras assume uma ruptura radical com a representação do horror pelo horror, propondo outros modos de narrar e de pensar sobre a guerra. Em diálogo com o pensamento de Deleuze e de Silvina Rodrigues Lopes, nosso objetivo é pensar acerca da multiplicidade de tempos e de sujeitos nos três Aurélia Steiner.

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