
“Tantas, sou só uma e sou tantas”
Author(s) -
Patricia Abel Balestrin
Publication year - 2012
Publication title -
revista polis e psique
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-152X
DOI - 10.22456/2238-152x.31528
Subject(s) - humanities , art
O presente artigo toma como ponto de partida o longa-metragem “O Céu de Suely”, dirigido por Karim Aïnouz (2006), e lança um olhar possível sobre alguns itinerários de gênero e de sexualidade experimentados pela protagonista do filme. O mergulho nesse filme específico é regido tanto pelo aporte teórico que sustenta esse trabalho, especialmente a teorização desenvolvida por Judith Butler em composição com os estudos foucaultianos em torno da sexualidade e do poder, como pelo recurso metodológico escolhido - “etnografia de tela”. Alguns pontos de análise são enfatizados neste trabalho: a minha implicação no ato de ver esse filme e de trabalhar com essa temática; o dispositivo da sexualidade na vida das mulheres; fragmentos fílmicos para pensar o conceito de performatividade de gênero em cena-ação. Diria que o filme em análise aponta para possibilidades de resistência e subversão e, no mesmo instante, aciona performativos de gênero e de sexualidade.