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Agências de rating e desenvolvimentismo: há espaço para conciliação?
Author(s) -
Pedro Lange Netto Machado
Publication year - 2020
Publication title -
conjuntura austral
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-8839
DOI - 10.22456/2178-8839.100528
Subject(s) - political science , humanities , philosophy
O artigo analisa o comportamento das agências de rating frente a implementação de políticas desenvolvimentistas pelos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff. Busca-se, a partir de uma perspectiva pós-keynesiana, associada a observações teóricas e empíricas da literatura acerca da integração de economias emergentes à globalização financeira e da atuação das agências no sistema financeiro internacional, compreender as restrições impostas por essas empresas a políticas econômicas alternativas à ortodoxia neoliberal que propagam e que orientam suas avaliações. A hipótese subjacente é que o caráter pró-cíclico de sua atuação abre espaço para que tolerem ou mesmo estimulem a adoção de um instrumental desenvolvimentista em momentos específicos de crescimento econômico. Isto é sugerido pelos ratings que atribuíram aos governos em questão quando da adoção de estratégias novo ou social-desenvolvimentistas por determinados períodos, sendo também observado a partir dos relatórios que publicaram e demais manifestações de seus executivos. Pretende-se, com o trabalho, refletir sobre as perspectivas de implementação de estratégias desenvolvimentistas no contexto de globalização financeira, assim como mais bem compreender o propósito e o modus operandi das agências de rating, que despontam como atores ainda pouco explorados academicamente.

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