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Estar, e não ser, aliado: A sociabilidade dos índios do Chaco durante o avanço colonial no século 18
Author(s) -
Guilherme Galhegos Felippe
Publication year - 2014
Publication title -
anos 90
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.125
H-Index - 1
eISSN - 1983-201X
pISSN - 0104-236X
DOI - 10.22456/1983-201x.43129
Subject(s) - humanities , geography , art
Quando missionários e funcionários do Estado espanhol foram instruídos pela Coroa a explorar e colonizar a região do Chaco para formar um caminho direto entre o porto de Buenos Aires e as minas andinas, o contato com os nativos foi, segundo o que se pode evidenciar na documentação produzida, a maior dificuldade enfrentada pelos espanhóis que tentaram se estabelecer naquela região. Uma das principais reclamações de missionários e colonos girava em torno da falta de comprometimento que os índios mantinham frente a contratos ou a alianças para, por exemplo, o estabelecimento de reduções catequéticas. A colaboração que os índios prestavam, num primeiro momento, logo transformava-se em traição, aos olhos os espanhóis, quando os nativos abandonavam as reduções ou envolviam-se em comercializações ilícitas com os portugueses. Este modo de agir dos chaquenhos foi identificada como uma conduta inconstante e reprovável pelos colonizadores, que buscaram diversas formas de revertê-la. O presente artigo tem como objetivo demonstrar que esta inconstância, na verdade, era um aspecto fundamental do sistema sociológico nativo, em que estabelecer alianças ou inimizades era a forma de dinamizar a sociabilidade dos grupos chaquenhos e, com isso, manter sua integridade.

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