
MÍDIA E JOGOS PARALÍMPICOS NO BRASIL: INVESTIGANDO ESTIGMAS NA COBERTURA JORNALÍSTICA DA FOLHA DE S. PAULO
Author(s) -
Bianca Natália Poffo,
Amanda Paola Velasco,
André Guths Kugler,
Sabrina Furtado,
Silvan Menezes dos Santos,
Antônio Luis Fermino,
Doralice Lange de Souza
Publication year - 2017
Publication title -
movimento
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.264
H-Index - 14
eISSN - 1982-8918
pISSN - 0104-754X
DOI - 10.22456/1982-8918.67945
Subject(s) - humanities , art , psychology
O objetivo deste trabalho foi investigar se a Folha de S. Paulo, durante as edições dos Jogos Paralímpicos de 1992 a 2012, reproduziu narrativas apontadas pela literatura como inapropriadas e/ou estigmatizantes para se referir a atletas paralímpicos. Em uma pesquisa de cunho qualitativo e caráter descritivo, mapeamos o conteúdo das notícias para identificar passagens que estivessem relacionadas com as seguintes características: supercrip; trivialização; infantilização; vitimização. A cobertura midiática da Folha, em parte, “vitimizou” os atletas ao enfatizar fatos tristes da vida deles associados às deficiências. Também reproduziu as narrativas do supercrip, nas quais as notícias, ou parte delas, enfocaram histórias de superação de barreiras relacionadas com as deficiências dos atletas em detrimento da valorização de seus feitos esportivos. A Folha também noticiou fatos triviais sobre a vida dos atletas, como relacionamentos afetivos, questões familiares e financeiras. Houve poucos casos de “infantilização” dos atletas, contrariando achados de pesquisas internacionais.