
Distribuição geoquímica de metais pesados e outros elementos químicos em águas subterrâneas da Bacia do Rio dos Sinos, RS
Author(s) -
Cássio Aranovich de Abreu,
Arí Roisenberg
Publication year - 2017
Publication title -
pesquisas em geociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1807-9806
pISSN - 1518-2398
DOI - 10.22456/1807-9806.78252
Subject(s) - environmental science , hydrology (agriculture) , geography , environmental chemistry , geology , chemistry , geotechnical engineering
A Bacia dos Sinos compreende 32 municípios na região metropolitana de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, em acentuado crescimento urbano e industrial com impactos ambientais evidenciados na degradação dos recursos hídricos superficiais, porém ainda pouco descritos para o meio subterrâneo. O estudo hidrogeoquímico dos aquíferos na bacia foi realizado com base em 37 poços tubulares e 2 amostragens em nascentes, com ênfase na seleção de poços com perfis estratigráficos descritos, nos quais se efetuou coleta e análise química por ICP-MS em conjunto de 70 elementos. Os dados foram inseridos no software SPSS para Análise Fatorial de Componentes Principais e discretização do conjunto amostral em clusters, corroborando na identificação de outliers. Foram identificados 5 principais grupamentos, sendo 2 em aquífero poroso com folhelhos (clusters 1 e 4), 2 em aquífero misto com indicativos de mistura por ascendência (clusters 3 e 6) e 1 em aquífero fraturado (cluster 2). Dentre os outliers, ressalta-se o As em concentração mais elevada de 43,8 ppb, associado com B (920,0 ppb) e S (195,0 ppb), com indicativos de influência geogênica. Por outro lado, a concentração de Pb de 34,0 ppb, associado a Cu (365,0 ppb), demonstra elevados teores para esses elementos e contaminação antrópica. Os metais pesados Cr, Ni, Cd e Hg estão em concentrações muito próximas ou abaixo do LD (limite de detecção). Os resultados evidenciam distintos aquíferos com composições ocasionalmente anômalas, que devem ser monitoradas e melhor detalhadas, assegurando locações mais assertivas e segurança na distribuição de água potável.