
Pesquisas Geológica na Bacia Carbonífera de Santa Catarina (Considerações sobre a Estratigrafia, Sedimentologia, Paleontologia e Petrologia dos Carvões)
Author(s) -
Carlos Alfredo Bortoluzzi,
Ana Emília Mendes Piccoli,
Gerardo E. Bossi,
Margót Guerra-Sommer,
Marleni Marques Toigo,
Maria Elizabeth Pons,
Monika Wolf,
Zuleika Corrêa Da Silva
Publication year - 1978
Publication title -
pesquisas em geociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.187
H-Index - 9
eISSN - 1807-9806
pISSN - 1518-2398
DOI - 10.22456/1807-9806.21767
Subject(s) - bonito , humanities , physics , biology , art , fish <actinopterygii> , fishery
São analisadas as características estratigráficas, sedimentológicas, paleontológicas e petrográficas das rochas do Grupo Tubarão na bacia carbonífera de Santa Catarina, usando-se informações obtidas em afloramentos e em 44 furos de sondagens realizados pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). O Subgrupo Itararé permaneceu indiviso. O Subgrupo Guatá foi subdividido nas Formações Rio Bonito e Palermo, tendo sido reconhecidos os três membros da Formação Rio Bonito: Triunfo, Paraguaçú e Siderópolis. O preenchimento da bacia iniciou-se com depósitos fluvio-glaciais (Subgrupo Itararé), seguidos de um complexo fluvial de baixo gradiente associado a lagos paludiais (Formação Rio Bonito) e sedimentitos de planícies de marés (Formação Palermo). A transição Rio Bonito – Palermo é marcada localmente pela presença de sedimentação deltaica, sendo a sequência Rio Bonito dividida em dois megaciclotemas. Foi definida uma sequência-tipo para a formação do carvão: pulsação-carvão-diastema, indicando que a avulsão dos canais principais dos rios originou lagos que evoluíram para pântanos. A vegetação das regiões pantanosas (Glossopteridophyta, Cordaitophyta, Sphenophyta e Algae) parece ter sido a principal fonte da matéria orgânica originadora do carvão, enquanto que resíduos de coníferas e fetos estão presentes em menor proporção. Triletes constituem até 95% da assembleia de esporomorfos. As camadas de carvão estudadas (6) se caracterizam pela presença de Trimacerita na qual a Exinita está representada, na sua maior parte, pela Alginita. Medidas do poder refletor indicam que o carvão se classifica em Betuminoso Alto Volátil A com 33 a 37% de matéria volátil na Vitrita.