
O Magmatismo Granítico da Região Oriental do Escudo Sul-rio-grandense. Uma Revisão
Author(s) -
José Carlos Frantz,
Lauro Valentim Stoll Nardi
Publication year - 1992
Publication title -
pesquisas em geociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.187
H-Index - 9
eISSN - 1807-9806
pISSN - 1518-2398
DOI - 10.22456/1807-9806.21310
Subject(s) - geology , humanities , geomorphology , philosophy
A porção oriental do Escudo Sul-rio-grandense é constituída por rochas granitoides que têm sido agrupadas em três fases segundo sua relação com os dois principais eventos tectônicos registrados na área. O primeiro é marcado por folheações de baixo ângulo, com transporte segundo EW e metamorfismo de fácies anfibolito. Sua idade é supostamente brasiliana e é acompanhada por um magmatismo cálcico-alcalino onde predominam composições tonalíticas-granodioríticas, incluindo ainda trondhjemitos e granitos. O segundo evento tectônico é marcado pelo desenvolvimento de zonas de cisalhamento transcorrente de direção e transporte SW-NE. O magmatismo associado é constituído principalmente por rochas graníticas cálcico-alcalinas e granitoides peraluminosos produzidos por fusão crustal. Uma fase final de magmatismo granítico registra apenas reativações da tectônica transcorrente, ou evidências de uma tectônica trativa, e é composta por granitos muito diferenciados de afinidade cálcico-alcalina que evoluem para granitos alcalinos de caráter pós-orogênico. A evolução litoquímica do magmatismo granítico sugere sua associação com a evolução de um arco magmático desenvolvido sobre margem continental em um contexto tectônico similar, por exemplo, ao do botólito de Sierra Nevada. A diferenciação do magmatismo, possivelmente de derivação mantélica, foi dominada por mecanismos de fracionamento mineral e contaminação por líquidos ou rochas crustais. A presença de depósitos minerais e intenso hidrotermalismo sugerem uma considerável potencialidade do ponto de vista metalogênico.