AFETIVIDADE E CONHECIMENTO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE SALA DE AULA

Alguns estudos revisados, sobre o tema da afetividade na sala de aula, apresentam uma visão de concordância ao focalizarem a afetividade como uma instância subjetiva muito mais centrada no professor, tendo este o poder de usá-la para modular a configuração das relações pedagógicas e assim obter sucesso nos resultados do ensino e da aprendizagem. Buscando enfocar a afetividade de forma diferente a esses estudos, este trabalho tem como objetivo apresentar algumas conclusões sobre o que denomino como a indissociável inter-relação afetividade-conhecimento-intelecto/cognição, com base no argumento de que todas se interpenetram e se afetam mutuamente nas práticas de ensino e de aprendizagem dos conhecimentos escolarizados. Como referencial, tomou alguns dos estudos de Vigotski sobre sua concepção histórico-cultural do desenvolvimento humano e ainda leva em consideração o fato dessa perspectiva teórico-metodológica privilegiar a análise da dinâmica interativa em suas condições sociais de produção e, dentro destas, as formas de singularização do sujeito Os dados, apreendidos por meio de observações e entrevistas, foram organizados em narrativas, tendo sido eleitos alunos/as e professores/as como personagens, no contexto sobre os quais foram realizados os comentários analíticos. Conclui que se faz necessário estar atento às formas como os sujeitos significam as suas vivências, experiências, e as relações com o conhecimento no espaço escolar, pois a escola é o locus mais importante para o desenvolvimento intelectual/cognitivo, socioafetivo e emocional dos sujeitos.