
O museu é uma fábrica?
Author(s) -
Hito Steyerl,
Beatriz Pimenta Velloso,
Alberto Harres
Publication year - 2018
Publication title -
poiésis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2177-8566
pISSN - 1517-5677
DOI - 10.22409/poiesis.1728.99-114
Subject(s) - humanities , art , movie theater , art history
Em 1968, o filme La hora de los Hornos, exibido especificamente em fábricas de forma clandestina, foi um manifesto de grande repercussão do Terceiro Cinema contra o neocolonialismo na América Latina. Nas fábricas, a cada nova exibição, era pendurado um banner que tinha impresso o seguinte texto: “Todo espectador é um covarde ou um traidor”. Sessões de cinema cuja principal intenção era quebrar as distinções entre cineasta e público, autor e produtor, para assim criar uma esfera de ação política. Hoje, filmes políticos não são mais exibidos nas fábricas. Eles são mostrados no museu ou na galeria – no espaço da arte. Ou mesmo, em qualquer tipo de cubo branco. Como isso aconteceu?