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Análise discursiva do Plano de Desenvolvimento Institucional do CEFET/RJ: uma proposta de resistência a um discurso institucional hegemônico
Author(s) -
Fábio Sampaio de Almeida,
Maria Cristina Giorgi
Publication year - 2013
Publication title -
gragoatá
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-4114
pISSN - 1413-9073
DOI - 10.22409/gragoata.v18i34.32972
Subject(s) - humanities , political science , philosophy , sociology
Considerando as mudanças em curso na organização da rede federal de educação profissional e tecnológica, buscamos problematizar o papel do discurso como mecanismo de produção e manutenção de relações de saber e poder hegemônicas que engendram subjetividades de uma comunidade heterogênea como um projeto hegemônico em um documento oficial do CEFET/RJ. Nosso objetivo é identificar a construção discursiva da noção de comunidade como grupo que sustenta o discurso institucional de apoio ao projeto de transformação em Universidade Tecnológica, considerando de que modo o referido documento pode dar visibilidade à heterogeneidade que constitui uma instituição na qual coexistem os níveis médio, técnico e superior. Para tal, apresentamos uma análise discursiva do Plano de Desenvolvimento Institucional do CEFET/RJ e, como referencial teórico, seguimos as propostas de uma análise do discurso enunciativa, que se orienta pelas noções de interdiscurso (MAINGUENEAU, 2005) e de dialogismo (BAKHTIN, 2000; 2004) e pelas relações entre poder, saber e subjetividade (FOUCAULT, 1987, 1996; 2004). Entendemos que nossas análises linguísticas remetem, no documento analisado, a duas reflexões relevantes. A primeira é uma valorização de saberes que relacionam a instituição a um ensino pautado na eficiência, produtividade, organização e desenvolvimento, semelhante a qualquer empresa comercial ou industrial, que prioriza principalmente atitudes necessárias no mercado de trabalho capitalista, e em lugar de formação de um trabalhador, o adestramento, a docilização de corpos que possam ser úteis ao mercado de trabalho. A segunda seria a homogeneização da comunidade como grupo que, mais do que sustentar PDI, respalda discursivamente o projeto de Universidade Tecnológica.

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