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Cidades Incapazes
Author(s) -
Cássio E. Viana Hissa,
Carla Wstane
Publication year - 2010
Publication title -
revista geographia/geographia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2674-8126
pISSN - 1517-7793
DOI - 10.22409/geographia2009.v11i21.a13572
Subject(s) - humanities , art
A cidade carrega consigo muitas definições. Isso se dá não apenas porque há cidades de todas as espécies, mas, também, porque há cidades nos interiores da cidade. A cidade é o mais expressivo dos lugares que, por sua vez, são expressões de mundo. O mundo se realiza nos lugares e a cidade é o mundo a se expressar de modo mais intenso. A cidade é desenhada através de artes de fazer. No entanto, a cidade moderna, globalizada, é a expressão de um mundo bipartido. Assim, a cidade moderna, predominantemente a do desencontro e do desfazer — a cidade do descarte imediato —, poderá ser compreendida como a expressão contraditória e dialética, de um lado, de mundos hegemônicos de racionalidade e, de outro, de fazeres de arte: mundos que se negam e existem, também, em virtude dessa negação. A cidade moderna é o lugar das pressas interrogadas, nos seus interiores, pelas cidades incapazes, a dos homens lentos. As cidades incapazes são os lugares da indignação, do desejo de transformação, da incompletude assumida que, paradoxalmente, se estende à medida que vai se reproduzindo a arte de viver.

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