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A FLECHA DO ESPAÇO-TEMPO E A TOTALIDADE EM TOTALIZAÇÃO
Author(s) -
Luís Henrique Ramos de Camargo
Publication year - 2021
Publication title -
ensaios de geografia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2316-8544
DOI - 10.22409/eg.v7i14.45799
Subject(s) - humanities , psychology , philosophy
Este artigo, que nasce de uma revisão teórico-conceitual atravessou diferentes campos do saber, em uma proposta transdisciplinar, tem como objetivo apresentar a flecha do espaço-tempo como elemento fundamental para a compreensão analítica dos fluxos de energia e matéria que sistemicamente integram a sociedade com seu meio natural, alterando diretamente a evolução planetária. Para escolha do método, rejeitamos o pensamento cartesiano-newtoniano, por entender que a sua fragilidade conceitual fragmenta o espaço em relação ao tempo e que se baseia em um universo máquina preciso e linear. Por isso, a pesquisa optou pela leitura da realidade sistêmica-quântica. Essa epistemologia, por sua vez, proporcionou a compreensão de fenômenos como a integração do espaço com o tempo, a imprevisibilidade, a interconectividade e a auto-organização. No desenvolvimento da pesquisa e após um debate conceitual inicial, visando consolidar nossa hipótese, foi proposto um cotejamento entre solos agrícolas ecológicos e não ecológicos. Essa escolha se deu devido à atividade agrícola ser a primeira, após o surgimento do Holoceno, a gerar grandes impactos sobre o ambiente. Dessa forma, percebendo a importância do lugar e de suas relações integradas com a natureza, foi demostrado que solos não ecológicos geram grande instabilidade nos sistemas naturais que o circundam, podendo criar processos irreversíveis aos mesmos. Esse mecanismo se deve a esse tipo de manejo se utilizar de grande quantidade de energia externa com maquinário, agrotóxicos, irrigação artificial, alteração do processo de produção, dentre outras questões. Por essas razões, as áreas de agricultura não ecológicas acabam emitindo grandes instabilidades para as outras esferas naturais que a circundam, podendo gerar processos irreversíveis e que agora, ao lado de outros processos, demonstram a evolução do planeta em um novo patamar de organização ecológico-geológico conhecido como Antropoceno. Por sua vez, solos ecológicos que possuem sistemas em equilíbrio próximo ao natural, por não se vincularem a grandes fluxos energéticos, acabam mantendo antigos padrões de organização, não colaborando para efetivar grandes alterações no desenvolvimento da(s) flecha(s) do espaço-tempo do planeta.

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