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Entrevista com Henry Jenkins
Author(s) -
Vinicius Navarro
Publication year - 2010
Publication title -
contracampo/revista contracampo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-2577
pISSN - 1414-7483
DOI - 10.22409/contracampo.v0i21.77
Subject(s) - midi , humanities , art , philosophy , computer science , operating system
Henry Jenkins é um dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade. Além do livro sobre convergência midiática, ele já escreveu sobre comédia no cinema hollywoodiano, sobre jogos de computador e sobre comunidades de fãs. De forma mais ampla, Jenkins é um entusiasta daquilo que chama de cultura participatória. Segundo ele, os usuários da mídia contradizem a idéia de que somos consumidores passivos de conteúdo midiático ou meros recipientes de mensagens geradas pela indústria da comunicação. Jenkins prefere pensar nos consumidores como agentes criativos que ajudam a definir como o conteúdo midiático deve ser usado e, em alguns casos, dão forma ao próprio conteúdo. A convergência midiática tende a expandir essa possibilidade de participação porque permite maior acesso à produção e à circulação de cultura. Nessa entrevista, Jenkins fala generosamente sobre as promessas e os desafios do atual ambiente midiático e discute como a convergência está transformando nossas vidas. Como sempre, ele celebra o potencial de participação nos processos midiáticos, mas também admite que nosso acesso à tecnologia é desigual. E insiste na necessidade de inclusão e diversidade no uso das novas mídias. Um dos lugares em que as discrepâncias ainda são visíveis é a sala de aula. Jenkins acredita que nós precisamos de novos modelos educacionais, que envolverão maior colaboração entre professores e alunos. Ele também argumenta que é necessário mudar os currículos acadêmicos para dar espaço a uma interdisciplinaridade compatível com a cultura da convergência. Essas são algumas das questões que devemos enfrentar no ambiente midiático do século 21, um ambiente em que a criatividade dos consumidores entra em choque com as leis de propriedade intelectual, programas de televisão ucranianos chegam aos lares americanos por meio do YouTube e as narrativas transmidiáticas transformam nossa maneira de pensar sobre o cinema.

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