
Narrativa cinematográfica em Lamorisse: O poético, o simbólico, o imaginário
Author(s) -
María Beatriz Furtado Rahde
Publication year - 2008
Publication title -
contracampo/revista contracampo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-2577
pISSN - 1414-7483
DOI - 10.22409/contracampo.v0i19.408
Subject(s) - humanities , art
Esse artigo busca tecer algumas considerações sobre a narrativa do time curta
metragem, Le I3a1/on Rouge (França, 1956), de Albert Larnorisse, que, em apenas trinta minutos
e com mais de cinquenta anos de existência, soube manter o encantamento do imaginário
poético, perpassado por urna linguagem simbólica. A poesia que Lamorisse traduz
na suas imagens narrativas confere urna Impressão visual leve e ao mesmo tempo densa,
ao evocar metaforicamente OS contos infantis, mesclados corri o surreal, pois o roteiro se
torna um poema, traduzido iconográficamente. A simbologia do período modernista é
evidenciada nas cenas silenciosas de linguagem falada, mas intensas na linguagem visual,
em que a música desempenha um papel de destaque O que não é verbalizado é revertido
simbólicamente, tornando visível o invisível. Nessa proposta de técnica narrativa, Larnorisse
evoca diversos elementos componentes do imaginário , corno o sonho, a arte, os mitos,
o fantástico ou a fantasia.