Open Access
Housing in Mosambik - Pluralität im mosambikanischen Kino
Author(s) -
Kathrin Sartingen,
Sophie Baltas
Publication year - 2021
Publication title -
abril
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-2090
DOI - 10.22409/abriluff.v13i27.50265
Subject(s) - humanities , art , political science
‚Wohnen‘ stellt immer noch ein Thema dar, das in Bezug auf den Film weitgehend unbehandelt scheint. Obwohl Düllo (2008, p. 358) in seinem Artikel Wohnen im Film feststellt, dass die jeweiligen Wohnsituationen von Filmfiguren ausschlaggebend für deren Verortung im Leben und Handeln bzw. deren Verankerung in der diegetischen Handlungsebene und –aktion sind, wird der spezifischen Wohnraumgestaltung bislang sehr wenig Bedeutung beigemessen. Dabei sind es gerade Aspekte wie die räumliche Verortung der ProtagonistInnen im Wohnraum sowie das individuelle Ausgestalten der Wohnräume – das spacing (DÜLLO, 2008, p. 369f) -, die essentielle und für das Filmgeschehen signifikante Aussagen zur kulturellen, sozialen, psychischen und identitären Einbettung der Figuren in konkrete Kontexte und Räume liefern. Insofern repräsentieren filmisch abgebildete Wohnungen, Häuser, Orte und Nicht-Orte (AUGÉ, 1994) immer auch die diversen kulturellen und geopolitischen Kontexte, in denen sich die Filmfiguren aufhalten. Sie lassen Rückschlüsse auf individuelle bzw. kollektive Wohnkulturen zu, und damit auf den Status, den Wohnraum in den verschiedenen Kulturen innehat, sowie die Möglichkeiten, Wohnraum zu haben, zu erhalten, auszugestalten, oder auch nicht zu haben. Am Beispiel von zwei mosambikanischen Dokumentarfilmen, Hóspedes da Noite von Licínio Azevedo (2007) und Grande Hotel von Lotte Stoops (2010) soll die diversifizierte Wohnsituation im alten Kolonial-Hotel in Beira, wie sie sich in den beiden Filmen spiegelt, analysiert werden. Im Kontinuum zwischen Spielfilm und Dokumentation angesiedelt, werden neue Perspektiven auf die Verhandlung von ‚Wohnen‘ in kolonialer und postkolonialer Zeit, und damit auf die (Re-)Vision von Vergangenheit und Gegenwart in Mosambik präsentiert. HOUSING EM MOÇAMBIQUE – PLURALIDADE NO CINEMA MOÇAMBICANOO “habitar” ainda representa um tópico que parece em grande parte não abordado na análise de filmes. Embora Düllo (2008, p. 358) declare em seu artigo “Wohnen im Film” (“Viver no Cinema”) que as respectivas situações de moradia dos personagens fílmicos são cruciais para situá-las em suas vidas e em suas ações, isto é, determinar sua ancoragem no nível diegético da ação, muito pouca importância tem sido dada até agora à específica configuração do espaço habitado pelos personagens. No entanto, é precisamente o aspecto da localização espacial de protagonistas no seu espaço habitacional que fornece informações significativas a propósito da incorporação cultural, social, psicológica e identitária dos personagens em contextos e espaços concretos. Neste sentido, os apartamentos, casas, lugares e não-lugares (AUGÉ, 1994) cinematograficamente representados refletem sempre os diversos contextos geopolíticos nos quais os personagens do filme se encontram. Eles permitem tirar conclusões sobre culturas habitacionais individuais ou coletivas e, portanto, sobre o estatuto que o espaço habitado tem nas diversas culturas, bem como as possibilidades de ter, manter, ou mesmo não ter moradia, isto é, um espaço para habitar. Tomando como exemplos dois documentários moçambicanos, Hóspedes da Noite de Licínio Azevedo (2007) e Grande Hotel de Lotte Stoops (2010), serão analisadas as diferentes dimensões do habitar no antigo hotel colonial em Beira. Situadas na interface entre longa-metragem e documentário, serão apresentadas novas perspectivas sobre a negociação das formas do “habitar” nos tempos coloniais e pós-coloniais, bem como sobre as formas de (re)visão do passado e do presente em Moçambique.---Original em alemão.