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Palimpsestos sonoros em Savannah Bay, de Marguerite Duras
Author(s) -
Diego Dos Santos Reis
Publication year - 2018
Publication title -
viso
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-4062
DOI - 10.22409/1981-4062/v24i/314
Subject(s) - humanities , art , philosophy , physics
Este ensaio tem como objetivo propor uma leitura da peça Savannah Bay, de Marguerite Duras, como uma espectropoética, isto é, concebida como modo de trabalhar o elemento espectral em sua composição via procedimentos sonoros e imagéticos específicos. Pautada pela fragmentação sonora, pela polifonia, pela duplicação vocal e figural, esta peça teria como traço fundamental a ênfase na dimensão auditiva e no universo acústico das operações características de meios sonoros, o que resultaria na criação de zonas de tensão entre temporalidade e espacialidade, matéria sonora das palavras e imagem. Para além da camada semântica, aqui a voz é pensada não apenas com a força de choque de um objeto material, mas também como o lugar de uma ausência que, nela, se transforma em presença. Esta espectropoética se configuraria então como exercício de experimentação vocal e de escuta marcado por traço lacunar, por reduplicações, ressonâncias e espelhamentos que caracterizaria a indeterminação da ausência-presença como procedimento formal privilegiado desta dramaturgia.

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