
Relação do linfedema e da fisioterapia na qualidade de vida de pacientes com câncer de mama
Author(s) -
Ligiane Martins de Souza Cordeiro,
Talitta Padilha Machado,
Carina Rossoni,
Marcelo Taglietti,
Marcelo Carlos Bortoluzzi,
Antuani Rafael Baptistella
Publication year - 2020
Publication title -
fisisenectus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2318-3381
DOI - 10.22298/rfs.2019.v7.n2.5080
Subject(s) - medicine , gynecology , lymphedema , breast cancer , cancer
Introdução: o câncer de mama é a neoplasia mais comum em mulheres no mundo, sendo que a morbidade e mortalidade resultantes dessa condição tornaram-se um problema de saúde. Uma das complicações decorrentes do tratamento do câncer de mama é o linfedema, condição que traz limitações funcionais e diminuição da qualidade de vida (QV) das pacientes. O tratamento fisioterápico é uma das abordagens mais utilizadas para prevenção e tratamento do linfedema. Objetivo: avaliar o impacto do linfedema e do tratamento fisioterápico em pacientes com câncer de mama. Métodos: foi avaliada a QV de mulheres diagnosticadas com câncer de mama na região Meio-Oeste de Santa Catarina através do instrumento genérico WHOQOL-Bref e do EORTC QLQ-BR23, questionário específico para câncer de mama. Com o objetivo de identificar fatores que interfiram na QV, foi analisada a presença ou ausência de linfedema e se essas pacientes realizaram fisioterapia para prevenir ou tratar possíveis complicações do tratamento. Resultados: das 135 pacientes avaliadas, 33,3% delas apresentavam linfedema no membro superior homolateral à cirurgia no momento da coleta, porém a presença de linfedema não afetou negativamente a QV das pacientes. Apenas 34% das pacientes realizaram fisioterapia em algum momento do tratamento, sendo que a realização desta não foi determinante para melhorar a QV. Conclusão: diante dos resultados encontrados, conclui-se que o diagnóstico de linfedema parece não afetar negativamente a QV geral das mulheres com câncer de mama avaliadas neste estudo, e que o tratamento fisioterápico não influenciou positivamente na qualidade de vida dessas pacientes. Ressalta-se a necessidade de novos estudos que permitam um melhor entendimento das causas do baixo número de encaminhamento das pacientes com câncer de mama para o tratamento fisioterápico, bem como para uma melhor avaliação da importância e a eficácia desse tipo de tratamento na funcionalidade e QV dessas pacientes.Palavras-chave: Câncer de mama; Linfedema; Fisioterapia; Oncofuncional; Qualidade de vida