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Síndrome de lesão centro medular cervical traumática (schneider)
Author(s) -
Marcos Masini,
Amira Hussein Zohra,
Cláudio Barata Ribeiro Blanco Barroso
Publication year - 2017
Publication title -
jornal brasileiro de neurocirurgia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6786
pISSN - 0103-5118
DOI - 10.22290/jbnc.v7i3.201
Subject(s) - medicine , nuclear medicine , gynecology
A lesão medular incompleta passou a ser o quadro clínico mais frequente nas unidades de tratamento e reabilitação nos últimos anos. Dentre elas o síndroma de lesão centro-medular ou Schneider é a mais comum. Revimos o atendimento realizado em 50 pacientes portadores desta síndrome na Unidade de Tratamento e Reabilitação de Traumatizados Raquimedulares do HAL-SARAH - Brasília DF, no período de 1986 a 1991. Observamos que estas lesões predominaram em 94% dos indivíduos do sexo masculino e em 68% dos pacientes acima de 40 anos de idade. A causa mais comum foi o trauma cansado por quedas. Todos foram transferidos para tratamento e reabilitação dentro das primeiras semanas, sendo que 36 estavam graduados em C na Escala de Frankel. A avaliação radiológica demonstrou que 26 (52%) apresentavam lesões osteoligamentares visíveis por mecanismo de flexão/rotação. Em 24 (48%) o mecanismo foi por extensão, sendo que em 16 havia sinais de osteoartrose e em 8 canal estreito congênito. Em 19 utilizamos mielografia para exploração do canal que, nos casos mais recentes da estatística, foi substituída por tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Na fase aguda, o tratamento constou do uso de corticoesteróides e tração cervical para alinhamento e redução. 24 receberam apenas tratamento clínico. 15 foram operados por via anterior e 11 por via posterior e em 1 foi utilizada abordagem combinada. 38 foram internados por mais de 30 dias para reabilitação. A avaliação final demonstrou 28 pacientes totalmente independentes e 21 parcialmente independentes para as atividades de vida diária. Vinte e nove pacientes fizeram acompanhamento ambulatórial por um período médio de 2,6 anos. Trata-se de um grupo de pacientes com ótimo potencial de recuperação, em que o tratamento e a reabilitação podem resultar em substancial recuperação funcional. Por se caracterizar como a lesão parcial mais frequente e de melhora rápida e progressiva, o estudo deste grupo de pacientes permite avaliar e aperfeiçoar as condutas a serem utilizadas no tratamento e reabilitação dos pacientes com lesão medular mais grave

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