
Contribuição ao estudo das alterações da artéria carótida do rato hipertenso após clampagem temporária
Author(s) -
Luiz Antônio Araújo Dias,
Benedicto Oscar Colli,
José Barbieri Neto
Publication year - 2017
Publication title -
jornal brasileiro de neurocirurgia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6786
pISSN - 0103-5118
DOI - 10.22290/jbnc.v6i2.153
Subject(s) - medicine , gynecology
A clampagem temporária é um método comumente usado em microcirurgia, especialmente na cirurgia dos aneurismas intracranianos. Entretanto, este procedimento não é inócuo à parede vascular. Muitos pacientes com aneurismas intracranianos apresentam hipertensão arterial, que pode lesar a parede arterial, podendo supor-se que a clampagem temporária destes pacientes seja ainda mais deletéria. Este estudo visou analisar as alterações da artéria carótida comum direita (ACCD) de ratos hipertensos, após clampagem temporária. Foram utilizados 50 ratos Wistar, nos quais foi provocada a hipertensão arterial por nefrectomia unilateral e estenose da artéria renal contralaleral. Os animais foram divididos em 2 grupos cujas ACCD foram respectivamente clampadas com microclampes de Yasargil FE 750 e FE 751, durante 30 minutos. Os 2 grupos foram subdivididos em 5 subgrupos e sacrificados em diferentes períodos, até 30 dias após clampagem. Foram realizados estudos histopatológicos ou testes de resistência dos segmentos das ACCDs submetidos à clampagem. As ACC esquerdas foram preparadas para observação das lesões causadas pela hipertensão (grupo controle). O material foi examinado sob o microscópio óptico. No grupo controle observaram-se alterações das células endoteliais e degeneração mixóide na camada média. Não houve diferença das lesões em relação aos microclampes utilizados. Na primeira semana os exames mostraram áreas sem ou com endotélio, com células epitelióides, áreas de necrose de coagulação e áreas com diminuição dos fibroblastos na camada média e proliferação fibroblástica na adventícia, A partir daí as lesões diminuíram e desapareceram nos exames no 30° dia. Não houve ruptura de vaso durante o leste de resistência. Os resultados sugerem que as lesões da ACC de ratos hipertensos pós clampagem temporária apresentam uma rápida recuperação que tornam estas lesões quase imperceptíveis após 30 dias e não induzem pontos fracos na parede vascular.