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Estimulação Cerebral Profunda. Perspectivas da neuromodulação em desordens neuropsiquiátricas
Author(s) -
Jorge Luis Novak Filho,
Ana Paula Bacchi de Meneses,
Murilo S. Meneses
Publication year - 2019
Publication title -
jornal brasileiro de neurocirurgia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6786
pISSN - 0103-5118
DOI - 10.22290/jbnc.v30i3.1843
Subject(s) - deep brain stimulation , medicine , humanities , psychology , gynecology , philosophy , disease , parkinson's disease
Introdução: A estimulação cerebral profunda (DBS – Deep Brain Stimulation) vem sendo empregada desde a década de 80 no tratamento de doenças motoras. Recentemente, suas aplicações em transtornos neuropsiquiátricos têm sido estudadas. Objetivos: Analisar a literatura recente quanto à aplicação de DBS no manejo de desordens psiquiátricas, tais como depressão maior, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), depressão maior (DM), transtorno bipolar de humor (TBH) e síndrome de Tourette (ST). Metodologia: Buscou-se nos bancos de dados Scielo, Medline e PubMed os descritores “Deep Brain Stimulation”, “Depression”, “Obsessivecompulsive disorder”, “Bipolar Disorder” e “Neuromodulation”. Foram considerados trabalhos de estudos de série de casos, coorte, revisão sistemática e de metanálise publicados entre os anos de 1999 a 2019. Resultados: Foi realizada uma revisão de parte da literatura, levantando 43 artigos, dos quais 29 foram utilizados para a redação desse trabalho, somado a 3 capítulos de livro para uma breve descrição da técnica de DBS. Discussão: As normas para tratamento cirúrgico em doenças psiquiátricas, inclusive por DBS, são: doença primária, sintomas severos ou incapacitantes e refratariedade às demais formas de tratamento disponíveis. Trabalhos envolvendo pequenos ensaios clínicos randomizados apontam que DBS pode reduzir os sintomas do TOC, havendo melhora significativa na qualidade de vida a longo prazo, bem como redução de sintomas depressivos. Na DM, resultados satisfatórios foram obtidos em diferentes trabalhos. Ao analisar a resposta de pacientes submetidos ao DBS ao longo de 8 anos, houve efeito antidepressivo sustentado durante o seguimento. Em relação ao TBH, existem poucos trabalhos disponíveis com o uso do DBS. Em um estudo prospectivo de 2 anos, 7 pacientes com TBH foram submetidos a DBS e apresentaram relativa melhora dos sintomas depressivos. Nenhum deles apresentou episódios de mania ou hipomania. Na ST, observou-se melhora clínica utilizando o núcleo centro medial do tálamo e o globo pálido medial como alvos. Não foi encontrada uma padronização entre as desordens psiquiátricas tratadas por DBS e os diferentes alvos estereotáxicos. Conclusões: A introdução de DBS como alternativa terapêutica para distúrbios psiquiátricos ainda é relativamente recente na literatura médica, sendo necessária a realização de mais trabalhos para concluir sua real eficácia. Entretanto, os resultados revisados parecem promissores.

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