Técnica Chooromani e seu Potencial Reparador na Lesão Medular. Revisão da Literatura

O tratamento do trauma espinhal tem como objetivo principal evitar que as células preservadas no primeiro estágio da lesão sejam afetadas posteriormente, além de estimular a reestruturação e substituição dos axônios atingidos para que novas conexões sejam criadas e reestabeleçam as funções dos circuitos neurais. Considerando a gravidade desses traumas, esta é uma revisão sistemática de literatura sobre a técnica Chooramani e seu potencial para reparo de tecido medular lesionado. Seu principal efeito sobre a lesão se deve ao potencial do omento em absorver o edema vasogênico da fase aguda, que seria a principal causa de lesão secundária, estabilizando a pressão local e posteriormente evitando a formação de tecido cicatricial. Além disso, testes mostraram que ocorre desenvolvimento de vasos sanguíneos do omento transposto em direção à medula lesionada em menos de 6 horas, ajudando a regenerar essas células e impedindo lesões secundárias por hipóxia tecidual local. A técnica Chooramani traz benefícios em relação à transposição de omento em dois-tempos por diminuir o tempo cirúrgico, a movimentação do paciente no transoperatório e o risco de infecção, e foi apresentada como uma possível ferramenta no tratamento da lesão medular primária e secundária.