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Comparação Entre os Desfechos de Lobectomia Temporal Anterior e Amigdalohipocampectomia Seletiva no Tratamento Cirúrgico da Epilepsia de Lobo Temporal
Author(s) -
Áquilla Henrique Gonçalves Teixeira,
Leonardo Brandão Barreto
Publication year - 2019
Publication title -
jbnc - jornal brasileiro de neurocirurgia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6786
pISSN - 0103-5118
DOI - 10.22290/jbnc.v29i4.1794
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
Introdução: A epilepsia de lobo temporal é uma entidade clínica que responde pela maioria esmagadora das epilepsias farmacologicamente intratáveis. Estima-se que até 70% dos casos sejam refratários ao tratamento conservador. Essa baixa taxa de resposta, somada ao aprimoramento das técnicas diagnósticas para o sistema nervoso central, tornou o tratamento cirúrgico uma opção viável para esses pacientes. Atualmente, o tratamento neurocirúrgico para a maioria dos pacientes com crises intratáveis, dos quais cerca de 80% possuem foco demonstrável no lobo temporal anterior, é feito a partir da lobectomia temporal anterior (LTA) ou da amigdalohipocampectomia seletiva (AHS). Objetivo: Comparar o desfecho clínico-neurológico do tratamento neurocirúrgico das epilepsias de lobo temporal através das técnicas de lobectomia temporal anterior e amigdalohipocampectomia seletiva. Método: Foi realizada uma meta-análise de estudos clínicos comparando as duas técnicas a partir da revisão da literatura nas bases de dados Medline e Scielo. Foram incluídos no estudo artigos dos últimos 12 anos comparando as duas técnicas cirúrgicas em humanos e excluídos aqueles que não tratavam de estudos clínicos em humanos. Os dados foram estatisticamente analisados. Resultado: Foram encontrados 174 estudos nas bases de dados, dos quais seis preencheram os critérios para seleção. Ao todo, foram estudados 755 pacientes que se submeteram a procedimento neurocirúrgico, sendo 401 através da técnica de AHS e 354 através da LTA. Os desfechos analisados foram a presença ou ausência de convulsões, usando a classificação de Engel, e alterações na memória. Os pacientes tiveram follow-up médio de 11 meses. Dos pacientes submetidos a AHS, 371 (92,5%) tiveram desfecho favorável (Engel I ou II), enquanto esse número foi 329 (92,9%) para LTA; o valor de p foi de 0,824. Evidências de alteração da memória foram conflituosas entre os diversos estudos. Conclusão: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os desfechos avaliados para as duas técnicas neurocirúrgicas. São necessárias mais avaliações abrangentes a respeito de outros desfechos, além dos avaliados, para formação da evidência sobre as técnicas que auxiliem na decisão clínico-cirúrgica.

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