
Traumatismo Raquimedular por Arma Branca
Author(s) -
Carlos Umberto Pereira,
Breno José Alencar Pires Barbosa,
Roberto Alexandre Dezena,
João Manoel da Silva Santos,
Yves Glauber Silva dos Santos,
Jamerson Ademir Cantarelli de Carvalho,
Laíse Oliveira Resende
Publication year - 2018
Publication title -
jornal brasileiro de neurocirurgia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6786
pISSN - 0103-5118
DOI - 10.22290/jbnc.v28i1.1631
Subject(s) - medicine , surgery
Introdução: Traumatismo raquimedular (TRM) por arma branca é pouco relatado na literatura médica. Seu tratamento é controverso. Os autores apresentam uma série de casos, discutem seu tratamento e prognóstico. Métodos: No período de janeiro de 2009 a dezembro de 2013, foram analisados doze pacientes vítimas de TRM por arma branca, quanto ao gênero, idade, localização anatômica da lesão, quadro neurológico, exames de imagem, tratamento e sequelas. Resultados: Quanto ao gênero, foram dez vítimas do sexo masculino e duas do sexo feminino. As idades variaram entre 16 e 54 anos, com média de 28 anos. Houve predomínio da localização cervical com cinco casos, seguido de dorsal com quatro e lombar com três. A tomografia computadorizada foi o exame de eleição. Oito pacientes apresentavam déficit motor e os demais eram assintomáticos. Cinco pacientes foram submetidos à intervenção cirúrgica, sendo três para retirada do corpo estranho e em dois para correção da dura-máter. Cinco pacientes apresentaram sequelas: paresia em membros inferiores em três e de membros superiores em dois. Não houve óbitos. Conclusão: TRM por arma branca é menos frequente que por arma de fogo e a literatura relata melhor prognóstico naqueles casos, fato evidenciado em nossos pacientes. Antibioticoterapia sistêmica profilática e fisioterapia motora têm sido preconizadas de rotina com resultados excelentes.