
Lembrar os mortos em combate pela terra: o MST reivindica a memória das vítimas da ditadura.
Author(s) -
Alberto Rafael Ribeiro Mendes
Publication year - 2020
Publication title -
clio
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2525-5649
pISSN - 0102-4736
DOI - 10.22264/clio.issn2525-5649.2020.38.1.19
Subject(s) - humanities , physics , dictatorship , art , political science , politics , law , democracy
Este artigo trata da atuação do MST no processo de construção social da memória dos camponeses mortos durante a ditadura militar brasileira, a partir da publicação, em 1985, do dossiê Assassinatos no campo: crime e impunidade - 1964-1985. Publicado em meio ao processo de transição democrática, o dossiê expôs nacionalmente as violações de direitos humamos, lançando luz não somente sobre a violência da ditadura, mas também sobre a permanência dos crimes contra os trabalhadores rurais na Nova República. Com o dossiê, o MST evocava a memória dos camponeses, colocando-se como herdeiros de suas lutas, ao mesmo tempo em que reforçava sua imagem como representante dos trablhadores rurais.