
Algumas posições políticas de Jean-Paul Sartre sobre a Guerra da Argélia (1954-1962)
Author(s) -
Rodrigo Davi Almeida
Publication year - 2011
Publication title -
territórios e fronteiras
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-9036
pISSN - 1519-4183
DOI - 10.22228/rt-f.v3i1.58
Subject(s) - humanities , existentialism , art , political science , law
Trata-se da apresentação e da análise das posições políticas de Jean-Paul Sartre (1905-1980) sobre a Guerra da Argélia (1954-1962). Este texto, com modificações, integra um dos capítulos de minha Tese de Doutorado, intitulada “As posições políticas de Jean-Paul Sartre e o Terceiro Mundo (1947-1979)”. O artigo está dividido em quatro seções: “A dialética do colonialismo”; “A violência do colonialismo: o racismo e a tortura”; “A ‘constelação gaullista’ e os caminhos da fascização na França” e “Os problemas da (des)unidade da esquerda e da não ‘solidariedade de interesses’ entre o operariado francês e os colonizados argelinos”. Em “A dialética do colonialismo” apresento a definição de colonialismo para Sartre, particularmente, o francês, em que Sartre o define como um sistema econômico, histórico e contraditório. Em “A violência do colonialismo: o racismo e a tortura”, Sartre considera o racismo e tortura como um dos principais resultados da violência colonial, isto é, a sub-humanização do colonizado pelo colonizador. Nessa esteira, em “A ‘constelação gaullista’ e os caminhos da fascização na França”, Sartre afirma que a violência do colonialismo, justamente pelo viés do racismo e da tortura, caracteriza o processo de fascização durante o segundo governo de Charles De Gaulle (1958-1969). Finalmente, a última seção, dedica-se a analisar “Os problemas da (des)unidade da esquerda e da não ‘solidariedade de interesses’ entre o operariado francês e os colonizados argelinos”, tendo em vista as posições pró-colonialistas do operariado francês, de acordo com Sartre.