A influência das políticas públicas na formação do professorbrasileiro e sua relação com o Ensino Religioso

Este texto tem a intenção de discutirquestões relativas aos processos de implementação das políticas públicas voltadas para a formação do professor brasileiro enfatizando sua relação com os docentes de Ensino Religioso.No ano de 2017 tivemos uma ampla discussão acercada BNCC  e depois de várias idas e vindas, em sua última versão, o componente Ensino Religioso (ER) foi contemplado. Devido a sua apresentação, formando umapêndice na BNCC dadaa sua separação da área de humanas, o documentogerou críticasentre os que enxergam o ER como área de conhecimento e aqueles laicistas radicais que veem nesta disciplina certa herança catequética.Por esses motivos, a estruturaatual da base  descaracteriza uma área  responsável por produzir conhecimentos sociais, no caso o Ensino Religioso. A despeito desses caminhos e descaminhoso ER encontra-se amparado legalmente fazendo jusa todo investimento intelectual que o embasa epistemologicamente,  em especial pela Ciência da religião. Contudo,há de se destacar o último edital da CAPES (2018)  que na qualidade de gestora das políticas públicas educacionais, assumiu uma postura excludente regulamentandoa supressão do  ER de seu rol de subprojetos. Por entender que o professor de ER necessita de equiparação com os professores de outros conteúdosno sentido de formação que oportunize a discussão de planejamento, a avaliação e as  metodologias existentes é que este texto se ocupa. Com isto, objetiva-se também,mostrar a relevância das políticas públicas para todos os campos de saberes,de maneira irrestrita,como forma de reivindicar seu compromisso com a formação de uma sociedade plural e laica, portanto cidadã e de acordo com o que preconiza a LDB.