Uma reforma de doutrinas, de objetivos e de estruturas.

As reformas administrativas são práticas tradicionais dos paises de extração portuguesa. As Sucessivas ordenaçoes do imperio Português regularam a vida inicial do Brasil Colônia, funcionando como efetivas Leis Orgânicas da Administração Pública. Na realidade as reformas eram tão populares que a elas Eça de Queiroz refere-se sarcarticamente em seu "O conde d'Abranhos", para marcar sua prolixa presença em Portugal do século XIX. Menos constantes no Brasil Colôniae Império, as reformas administrativas intensificaram-se na República, atingindo seu ápice na Revoluçao de 30, principalmente após a decretação de Estado Novo. Foram precisamente a abrangência, a profundidade. O revolucionamento e o aggiornamento do setor público, juntamente com a construção dos mecanismos de dominação da sociedade civil pela nova burocracia representativa do dirigismo estatal, que levaram diversos estudiosos a caracterizar esse fenômeno como modernização e não simplesmente reforma.