
Defensivos agrícolas - efeitos no homem e no ambiente
Author(s) -
Alberto Furtado Rahde
Publication year - 2017
Publication title -
revista do serviço público
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2357-8017
pISSN - 0034-9240
DOI - 10.21874/rsp.v40i4.2166
Subject(s) - humanities , philosophy
A questão dos defensivos agrícolas e suas repercussões no mundo atual — além das bem-claras implicações de utilização como fator de produção agrícola — se reveste de aspectos polêmicos e que até hoje não apresenta consenso universal. Este consenso que aparentemente deveria ficar restrito à ciência agronômica ou à toxicologia, melhor dito, à ecotoxicologia, hoje em dia atinge praticamente os interesses de toda a comunidade e se apresenta como uma questão ainda sem soluções satisfatórias. Muitas vezes o problema dos defensivos agrícolas é cognominado com justa razão de o "dilema" dos defensivos, na conceituação clássica de que qualquer que seja o caminho do raciocínio, as conclusões serão igualmente difíceis e penosas. Começando pela própria denominação das substâncias usadas para destruir pragas, já não há acordo na nomenclatura a ser utilizada: assim, pesticidas, praguicidas, agrotóxicos, biocidas e defensivos agrícolas — este último cunhado somente no Brasil pelo Ministério da Agricultura, com uma acepção sujeita a inúmeras críticas — entre outros nomes, que tentam a abrangência do significado sem, contudo, atingir plenamente o objetivo da definição completa. Pessoalmente temos a preferência pelo termo "praguicidas", porém não deixaremos questões semânticas prolongarem e esvaziarem a finalidade deste artigo.