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Povos expostos, povos figurantes
Author(s) -
Maria Da Luz Correia,
Georges Didi-Huberman
Publication year - 2017
Publication title -
vista
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2184-1284
DOI - 10.21814/vista.2963
Subject(s) - tera , art , humanities , computer science , operating system
O primeiro filme projetado da história tem por título, como é sabido, A saída da fábrica Lumière. No dia 22 de março de 1895, na rua de Rennes em Paris, diante de cerca de duas centenas de espetadores, Auguste e Louis Lumière expuseram pela primeira vez, numa tela, o povo humilde em movimento (figura 1). Os seus próprios operários tinham sido enquadrados diante do portão da fábrica de Monplaisir, abandonando as suas oficinas, num intervalo do trabalho, pelo meio-dia. É, então, saindo da sua fábrica que os povos terão entrado em cena – terão beneficiado de um novo valor de exposição – na era do cinematógrafo. Tudo isto é bastante simples, está visto, mas também muito paradoxal.

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