EXPERIMENTALISMO E ANÁLISE INSTITUCIONAL NO CURSO FGV DIREITO RIO: UM PROJETO EM CONSTRUÇÃO

Em meados de Maio de 2015, o Diretor da FGV DIREITO RIO marcou uma reunião com o coordenador da graduação e com um aluno do 5° período. A conversa começou com a seguinte frase: "Olha, no próximo semestre eu gostaria de dar uma disciplina". O tema seria educação jurídica. - disse o Diretor. “Bacana professor, vou me inscrever nessa matéria aí com certeza” - disse o garoto com uma perceptível empolgação. - Mas tem um detalhe. Eu gostaria que você fosse professor na disciplina junto comigo. Depois disso, algumas semanas se passaram e coube ao aluno preparar uma proposta de curso. Em uma nova reunião, o estudante apresentou sua ideia. - Isso é completamente diferente do que eu havia imaginado. Sejamos francos, essa ideia é psicodélica. Mas nós vamos fazer mesmo assim - disse o diretor rindo. A estrutura do DNA de uma instituição é definida pelo que as pessoas fazem e não por aquilo que elas dizem. Se for possível estruturar o experimentalismo institucional em uma fórmula, a equação necessariamente exigirá (i) tolerância ao risco e (ii) abertura em relação ao que é diferente. Apenas nesse contexto é possível construir um curso que adota a seguinte premissa: alunos também podem ensinar. O desenrolar desse experimento são cenas das próximas seções.