
HOW STAR WARS ILLUMINATES CONSTITUTIONAL LAW
Author(s) -
Cass R. Sunstein
Publication year - 2017
Publication title -
revista de estudos institucionais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2447-5467
DOI - 10.21783/rei.v2i2.84
Subject(s) - serendipity , surprise , creativity , improvisation , law , epistemology , principal (computer security) , constitutional law , aesthetics , sociology , history , philosophy , political science , art , computer science , visual arts , communication , operating system
Os seres humanos frequentemente identificam coerência e planejamento quando nenhum desses elementos sequer existe. Tal situação ocorre nos filmes, na Literatura, na História, na Economia e na Psicanálise – e no Direito Constitucional. No âmbito do cinema, a saga de Guerra nas Estrelas não foi idealizada a priori; apesar das repetidas afirmações de George Lucas, principal autor da obra; o que agrega à construção da série os componentes surpresa e improviso - inclusive para o próprio Lucas. Dessa forma, se já é natural que a interpretação assuma um papel pervasivo e orientador da imaginação criativa em forma de manifestação de um novo pensamento, em trabalhos individuais, mais natural ainda é que essa “serendipidade” (serendipity) ocorra em obra de múltiplos autores e escrita ao longo do tempo. A “serendipity” impõe rigorosas exigências na busca pela coerência na Arte, na Literatura, na História e no Direito. Essa busca leva muitas pessoas (como o próprio Lucas) a descrever de forma imprecisa a natureza de seu processo criativo. A imprecisão surge em resposta à séria necessidade humana de conferir sentido e identificar padrões, o que é um obstáculo significativo para a compreensão e reflexão crítica. Independentemente de serem Jedi ou Sith, muitos Constitucionalistas muito se parecem com o autor de Guerra nas Estrelas, quanto à simulação da essência do seu processo criativo.