z-logo
open-access-imgOpen Access
A dessimbolização do faroeste
Author(s) -
Ciro Inácio Marcondes
Publication year - 2009
Publication title -
casa
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-3404
DOI - 10.21709/casa.v7i1.1771
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O faroeste é um gênero cinematográfico que sempre primou por dualidades bem claras, procurando distinguir a civilização e a selvageria através de arquétipos que cumprem funções bem estabelecidas no projeto civilizatório norte-americano. Rastros de Ódio, filme de John Ford de 1956, reinaugura a tradição do faroeste revertendo esses princípios e estabelecendo espaços simbólicos diferenciais a partir de motivos abstratos como o conflito, a fuga e a busca. Nessa nova configuração, o que se pensa dominante na verdade é dominado por um discurso velado, que fala através de um lócus anterior. Índios, cowboys, mestiços, mexicanos e outros se misturam em instâncias em que, pensando estar cultivando um determinado discurso, na verdade projetam a fala do outro. Este ventriloquismo étnico é o que desloca as verdadeiras fronteiras simbólicas com que esses personagens se deparam, exibindo uma América que se identifica pela negatividade.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here