
RELAÇÕES HISTÓRICAS ENTRE EPIDEMIAS E O AMBIENTE URBANO NO BRASIL
Author(s) -
Gabriel Leopoldino Paulo de Medeiros,
Ellen Brasil da Costa,
Ranna Antônia Mendes Dantas
Publication year - 2021
Publication title -
revista projetar
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2448-296X
pISSN - 2447-617X
DOI - 10.21680/2448-296x.2021v6n2id23665
Subject(s) - humanities , political science , geography , art
Em janeiro de 2020 a OMS declarou a epidemia do Coronavírus, causador da doença Covid-19, uma emergência internacional de saúde. Entretanto, não é a primeira vez na história que um vírus se propaga de forma acelerada, causando pânico e transformando as relações espaciais. No cenário mundial, a gripe russa (1889-1890) e a gripe espanhola (1918-1919) acometeram grandes grupos populacionais e foram responsáveis por diversas transformações de caráter político, econômico e social. No Brasil, durante os séculos XIX e XX, grandes epidemias puderam ser relacionadas à falta de infraestrutura resultante do crescimento urbano desordenado, como a tuberculose (1850-1950), varíola (1886-1960) e febre amarela (1960-1962). Este artigo objetiva compreender aspectos relacionados à influência histórica entre as estratégias de mitigação da proliferação de epidemias e os processos de intervenção urbana de forma a sintetizar a cronologia da emergência dessas doenças no Brasil. Busca, assim, relacionar as transformações formais urbanas decorrentes. Para isso foi feita um busca em bibliografias diversas (como periódicos e revistas de arquitetura e urbanismo), especialmente aquelas disponíveis em bibliotecas virtuais. Através dessa síntese, pode-se perceber o papel fundamental que as doenças tiveram nas transformações espaciais, tanto do tecido urbano, como da própria arquitetura, refletindo o pensamento moderno de preocupação com a saúde do espaço construído e comportamentos humanos.