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ATLAS CULINÁRIO DA LITERATURA BRASILEIRA: ALIMENTAÇÃO E CULTURA
Author(s) -
Viviany Moura Chaves,
Michelle Medeiros,
Clébio dos Santos Lima,
Helena Cristina Moura Pereira,
Rebekka Fernandes Dantas
Publication year - 2017
Publication title -
revista ciência plural
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2446-7286
DOI - 10.21680/2446-7286.2016v2n3id11056
Subject(s) - humanities , art
Introdução: Acredita-se que pensar a alimentação e seu aspecto cultural no território brasileiro, como salienta a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, possa ser uma tarefa apoiada pela literatura. Pensar na literatura a partir do geoespaço pode fornecer uma reflexão sobre a alimentação no território brasileiro. Objetivo: O objetivo desta pesquisa é analisar a relação entre território e alimentação em obras da Literatura brasileira. Métodos: Para isso foi pensada em três fases: (1) explorar as obras para ordená-las no mapa; (2) sintetizar essa literatura em cada mancha; e, (3) produzir uma reflexão sobre o que essa literatura expressa sobre a alimentação no território brasileiro. Resultados: Como resultados foram mapeados um total de 28 autores. Desses, conseguiu-se mapear 47 obras de interesse. Elencam-se, a partir delas, características para cada uma das manchas propostas a priori: (1) na culinária da Costa uma tendência à abertura para inovação, influências que chegavam via mar, sendo também fortemente marcada injustiças, geradas por séculos pelos latifúndios da monocultura; (2) na culinária do Recôncavo um protagonismo de enfrentamentos culturais históricos, bem como da fome, fruto desta intensa cultura de subjugação e dominação; (3) na culinária Caipira a expressão de uma geoculinária indoors dos comedores familiares, com seus conflitos protagonizados em cena; (4) na culinária Amazônica o remanescente do homem que com a natureza coabita e dela extrai seu meio de vida, utilizando-a integralmente; (5) na culinária meridional, representada por uma longa faixa de terra, com expressões intensamente heterogêneas, da fome à abundância. Conclusão: Percebeu-se que sete manchas expressariam melhor o componente cultural alimentar no território, o quanto os autores expressam de seu território em suas produções artísticas, o que levanta o tópico das cartografias imaginárias e/ou heterotopias. Além disso, fala-se de uma geoculinária literária que pode auxiliar na tarefa de promover alimentação adequada e saudável.

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