
“No tempo que se podia festejar” a cultura popular na Festa de Santo Antônio
Author(s) -
Cicera Tayane Soares da Silva
Publication year - 2022
Publication title -
equatorial
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2446-5674
DOI - 10.21680/2446-5674.2022v9n16id25751
Subject(s) - humanities , art , cartography , geography
A Festa de Santo Antônio ocorre anualmente na cidade de Barbalha, começando no último domingo do mês de maio ou no primeiro domingo do mês de junho. O evento abre o ciclo festivo na região do Cariri, iniciando-se com o corte da árvore que, posteriormente, será conhecido como o pau de Santo Antônio. Na abertura da festividade, tem-se o cortejo do Pau da Bandeira, momento onde o tronco de uma árvore percorre as principais ruas da cidade. Esse momento é considerado pelos brincantes e devotos como sendo a ocasião mais significativa da festa, pois é hora de hastear a bandeira do santo casamenteiro, anunciando para todo o Cariri que os festejos a Santo Antônio começaram. Após sua abertura inicia-se a Trezena a Santo Antônio, momento onde são realizadas missas em louvor ao Santo. Durante esse período também há a presença de festividades dançantes, quermesses e apresentações artísticas. No ano de 2015, a festa foi registrada como patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tendo sua imagem ligada a cultura popular. A festa costuma receber um público de 250 mil pessoas, aproximadamente. No ano de 2020, a celebração, que ocorre desde 1928, foi adiada para o mês de outubro, que depois veio a ser totalmente cancelada, ocorrendo, apenas, em formato virtual. Frente ao contexto pandêmico vivenciado, o presente ensaio busca ofertar ao leitor uma visão sobre a Festa de Santo Antônio amparada nos grupos populares e como estes foram impactados pela pandemia do Coronavírus.