
A PROPÓSITO DA HIDROVIA ARAGUAIA-RIO DAS MORTES-TOCANTINS
Author(s) -
Antônio Teixeira Neto
Publication year - 2013
Publication title -
fronteiras : journal of social, technological and environmental science
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.159
H-Index - 5
ISSN - 2238-8869
DOI - 10.21664/2238-8869.2012v1i2.p60-75
Subject(s) - humanities , geography , forestry , philosophy
Até um passado recente, sempre se considerava o Araguaia como via da redenção econômica de Goiás e Tocantins. Isolado do litoral, o território goiano-tocantinense buscava uma saída para o mar por água – Belém, no norte do país era o porto mais próximo e mais viável –, por isto a hidrovia seria o caminho mais curto e, economicamente, o mais viável. Infelizmente, fracassaram os projetos e as tentativas práticas de se fazer do grande rio uma via navegável e o caminho da riqueza econômica dos goaino-tocantinenses. Volta e meia esse assunto vem à tona nos meios empresariais, políticos e administrativos. Mas, sem muito refletir sobre o assunto, imaginam que, sem muito esforço, épossível implantar hidrovias num fechar e abrir de olhos, sem atentar para os problemas que disso decorre principalmente os de natureza social e ambiental. Mesmo diante da existência de estudos mostrando a inviabilidade do grande projeto – agora rebatizado de Hidrovia Araguaia-Tocantins-Rio das Mortes e ressuscitado pelo Senado Federal –, os nossos políticos insistem nesta obra, que pode morrer no nascedouro, e as razões são principalmente de ordem técnica e, não menos importante, sociais e ambientais, como mostraremos a seguir.