
CO-CULTIVO DE ASPERGILLUS NIGER E CERIPORIOPSIS SUBVERMISPORA PARA PRODUÇÃO DE ENZIMAS LIGNOCELULOLÍTICAS E AÇÚCARES REDUTORES
Author(s) -
Priscilla Maria Magri,
Sandra de Cássia Dias
Publication year - 2017
Publication title -
revista mundi meio ambiente e agrárias
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-4790
DOI - 10.21575/25254790rmmaa2016vol1n2230
Subject(s) - chemistry , aspergillus niger , food science
Etanol de segunda-geração pode ser produzido a partir de resíduos agrícolas tais como bagaço de cana-de-açúcar e palha de milho. Para disponibilizar os açúcares fermentáveis da biomassa lignocelulósica para a fermentação alcoólica é necessário o pré-tratamento seguido da hidrólise enzimática da celulose. Os custos envolvidos com a hidrólise enzimática são elevados e muitas vezes inviabilizam a aplicação em escala industrial. Esse trabalho avaliou o co-cultivo de Aspergillus niger e Ceriporiopsis subvermispora (em fermentação em estado sólido (FES) utilizando bagaço de cana-de-açúcar e palha de milho) para a produção de enzimas lignocelulolíticas e açúcares redutores. O planejamento fatorial 22 foi usado e as variáveis analisadas foram o pré-tratamento alcalino e o pré-tratamento microbiológico (co-cultivo), nos níveis máximos (+) e mínimos (-). A metodologia aplicada consistiu na fermentação em estado sólido seguida de determinações das atividades enzimáticas e dos açúcares redutores. Para o bagaço de cana-de-açúcar o co-cultivo não foi favorável para a produção das enzimas FPase (celulases totais) e açúcares redutores, porém foi a condição que mais favoreceu a produção de CMCase (endoglicanases). A melhor condição para a produção de FPase e açúcares redutores foi o mono-cultivo de Aspergillus niger em bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado. Para a palha de milho, a associação do pré-tratamento alcalino com o co-cultivo dos micro-organismos favoreceu a produção de FPase e açúcares redutores. Já a produção de CMCase foi maior nos ensaios nos quais a matéria-prima não foi tratada e ocorreu o co-cultivo. Portanto, para a produção de CMCase, o co-cultivo foi a melhor condição para os dois resíduos agrícolas e dispensa o uso do tratamento químico, diminuindo assim os custos com o processo.